domingo, 1 de março de 2009

Freud tentou

Aí o dia amanheceu amarelado. Amarelado quase verde. Porque não era aquele amarelo-sol - amarelo de sol, do sol, por causa do sol - estava muito era nublado. Pareciam as janelas todas com filtro de - qual mesmo aquele chocolate de embalagem dourada? Sonho de valsa? ... Ouro Branco! Pronto. Parecia o mundo revestido com celofane amarelo, ou todos nós de novo crianças a brincar com a embalagem de bombom na cara. Digo, nós, crianças, mas sei que se eu dissesse, ninguém concordaria ou entenderia. Acho que ninguém acordou na mesma hora que eu pra ver. Talvez, mesmo se tivessem acordado. Devo eu ter esse jeito único de ver cor no raiar. Muito a frente do meu tempo, é isso que sou. Mas um dia vão perceber e precisar e dar o merecido valor. Vão dizer "eita, e essa cor ali? entendi não". E haverá quem explique "sabe o armário que guarda o pó de café? o pó em si não é daquela cor à toa...".

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