É quando o dever me chama que vem a mim rastejante e vagarosa essa vontade besta, preguiçosa, necessária de ser poeta. Deitado, eu, o mundo faz de propósito, nem quer que eu levante, providenciou estar ao alcance de minha direita o papel, ao alcance de minha esquerda a caneta; menor trabalho não me daria, a caneta vem sem tampa.
Não tenho apoio. Suspiro resignado um tudo bem carinhoso, gemido, e me deixo levar pelo cochilo que, não sei, veio rastejando também.
Sonho que escrevo.
Não tenho apoio. Suspiro resignado um tudo bem carinhoso, gemido, e me deixo levar pelo cochilo que, não sei, veio rastejando também.
Sonho que escrevo.