'Arte pela arte' é como crer no corpo como prisão do espírito. Libertar-se seria negar o mundo que se alicerça em imagens. Mas impraticável é (mesmo na minha mais praticável utopia que, descubro, não é tão praticável assim). Se o vento me levanta os cabelos, a mão naturalmente vai e afaga. 'Arte pela arte' se faz no cabelo despenteado sem querer.
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'Arte pela arte' é admiração intensa, expressão individual. Independe de alheia aceitação. É o poema feito que não se mostra a ninguém. Por timidez, por receio. Do outro. De si. E feito o som que faz aquilo que cai e ninguém ouve, arte se faz ali - em cadernos fechados, em velhas gavetas, em papéis avulsos, nas cestas de lixo.
Julia Anna Gardner – Bombardeando os japas com Ciência
Há uma semana
3 comentários:
Se faz em blogs pouco acessados também oO
caio:
concordo.
th:
andou lendo textos antigos?
raquel:
metida!
Esses meus dois únicos leitores...
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